Suave é a noite...
Embora fria, amorna o vento o hálito da saudade
E, aos poucos, o sereno lento e solto
Envolve o tempo e molha a eternidade.
O que era relva em caule já se faz.
O que se fez caule à relva se quedou.
A vida há pouco prenhe agora jaz.
O botão, ontem semente: hoje já flor.
Suave é a noite...
À moita, a luz espreita o dia que não vem.
Salta o Saci as galhas do jatobá.
A lua sai do rio e sobe para o além
E o mutum abre suas negras asas ao luar!
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