Amor proibido

A Lua corre apressada.
Seu peito bate ligeiro.
Quer ver o Sol que se finda,
Quer sentir o seu calor,
Quer beijá-lo com amor,
Quer senti-lo doce ainda
Em seus braços, passageiro
Da agonia extasiada
De um amor que embora ardente,
Cala em seu peito, doente
De paixão inconseqüente,
De uma paixão tão demente...

Seu amor dói e ela sente
Que é mais um final de dia.
Mais uma noite inicia
E o Sol lhe foge à alegria
De vê-la, linda e brilhante
Como um enorme diamante,
Que no céu chora silente
E semeia estrelas cadentes,
Que são lágrimas de amante
Tão doce e tão infeliz,
Por um Sol que é tão ingrato,
Por um Sol tão insensato,
Por um Sol que nunca a quis.

O Sol se agarra com força
Ao que resta em seu brilhar.
A noite lhe põe mordaça,
O Sol sai louco a gritar.
Se recusa a ir embora,
Louco pede pra ficar.
Quer ver a Lua prateada,
Sua doce e bela amada.
Quer sentir o seu perfume,
Quer segurá-la em seus braços,
Quer amá-la com ardor.
Quer lhe dar o seu amor
Que à noite se acumula
Em seu peito tão sofrido
E de manhã na alvorada
Explode de tanta dor.

Mas a Lua se demora
E ele se agarra nas nuvens.
Deixa sua marca escarlate.
Elas brilham como ele.
Ele nelas se debate.
Seu amor é uma fúria
Que arde em busca da Lua,
Que o fim da tarde segura
E não deixa ver o Sol.

Que destino mais sofrido!
O Sol parte esvaecido
Pela noite que chegou...
Parte louco de saudade
Pela ingratidão da Lua,
Que não correu pra lhe ver.
Não ouviu os seus apelos
Seus gritos de desespero
Em busca de ter prazer.
Prazer de abraçar a Lua
Sua doce namorada,
Sua eterna e bela amada
Que lhe mata de paixão.
Vai passar a noite toda
Na esperança de revê-la.

Quando a noite for embora
E lhe chamar a alvorada,
Ele dribla a natureza,
Vai nascer de madrugada.
Vai surpreender sua amada,
Quando houverem ainda estrelas.

Este é o seu louco consolo:
O consolo dos amantes
Que não se conseguem ver.
É viver nesta esperança
Que um dia cansa o destino,
Que um dia a noite descansa
E deixará que os amantes
Que nunca perdem a esperança,
Possam enfim se encontrar.

E neste dia tão lindo,
Com as estrelas a bailar,
Vai se ver ao mesmo tempo,
Num surpreso firmamento
O Sol e a Lua a brilhar!

11 comentários:

  1. Continuo fã das suas poesias, principalmente dessa. Acho que por ter tido um grande amor proibido rsrs.

    Sou a Flavia que trabalhou com o Willys da WTEC,lembra?!

    É um enorme prazer ter acesso às suas poesias novamente.

    Um abraço

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  2. Olá Flávia,

    Claro que lembro de você. Eu só estou ficando velho, mas, não senil.

    Obrigado por acessar as poesias. Eu sempre digo que poetas são os que leêm e gostam de poesias, e não que as escreve.

    Um abraço,

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  3. gostei de mais,virei um admirador!!
    abraço!jorge

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  4. muito bom o teu poema que vc escreve. josy melo

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  5. Que Lindo!
    Acho que também me identifiquei , igualmente o motivo de Flavia!
    Parabéns!

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    1. Olá Taisse,

      Obrigado. Abraços à Flávia.

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    2. Vou responder com outra Poesia.Dia primeiro de maio, de 1994. No autódromo de Sã Marino, Acabou por ocorrer, uma enorme calamidade, Morreu um grande piloto, Com 34 anos de idade. Na véspera do grande prêmio, ouve grande confusão, Na disputa pela pole, ouve também colisões, Morreu um piloto austríaco, que assim como os demais, nutria também esperança de um dia ser campeão.Mas sobre Ayrton Senna, Pairava grande tensão, Já que precisava vencer pra manter viva a esperança de ser Tetra campeão, Mas tinha diante de si, um dos maiores obstáculos, pois tinha que vencer Schumacher piloto da Benetton. Ele sabia que Schumacher era era um piloto aguerrido, que já havia vencido as duas primeiras corridas, e ia em busca da terceira pra manter na dianteira e sagrar-se campeão o grande sonho de sua vida. Demonstrando estar ciente de sua enorme dificuldade, Ayrton entrou em seu carro com muita vagarosidade, Mas largou na dianteira em grande velocidade. Logo adiante em uma curva seu carro desgovernou e, com uma forte mureta a sua Williams chocou, Os do departamento médico ao Ayrton socorreram, Mas vendo ser grave o seu caso Bem depressa o conduziram ao Hospital de Bolonha, Mas não passou muito tempo, A noticia fornecida na verdade foi tristonha, Ayrton Senna morreu. A morte de Ayrton Senna Troce muito desagrado, O Brasil cobriu-se de luto e as corridas de Formula um, Para o povo Brasileiro ficaram prejudicadas.

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